Habitantes!

21 de maio de 2009

A menina que roubava livros

Bom! Já contei que estava lendo o livro “A menina que roubava livros”, de Markus Zusak. Pois é um livro encantador, que revela a grandeza, o talento e a capacidade do ser humano – tanto para praticar o bem quanto para praticar o mal. Já contei também que a morte é quem narra a história, mas repito caso alguém não tenha lido (ver Minha amiga morte e Somos engrenagens).

Imaginem uma história que se passa na Alemanha nazista e que é narrada pela morte? No livro, a morte relata exemplos da infinita capacidade humana de amar, de se superar e de, inclusive, dribrá-la. Conhecemos a doce Liesel e sua amarga trajetória. E paralelo a tudo isso está o mal, o Füher Adolf Hitler.

Tenho visto nos noticiários ocorrências praticadas por grupos nazistas. E me pergunto: como as atrocidades cometidas no passado podem figurar nos jornais atuais, em pleno século XXI? Será que não fomos capazes de aprender a lição?

Não podemos esquecer e tão pouco fingir que o holocausto não aconteceu. E aconteceu pelas mãos gananciosas de um homenzinho que se julgava pertencer a uma raça superior, pura. E esse homenzinho só ficou grande quando pessoas acreditaram nele e no que ele dizia.

Amigos, as palavras tem poder e somos responsáveis pelas que usamos. Cuidemos para que a nossa fé e nossas palavras sempre sejam depositadas no bem!
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Cito agora minhas frases prediletas da obra. Com a palavra, minha mais nova amiga, a morte!

“Estou sempre achando seres humanos no que eles têm de pior. Vejo sua feiúra e sua beleza, e me pergunto como uma mesma coisa pode ser duas. Mas eles têm uma coisa que eu invejo. Que mais não seja, os humanos tem a bom senso de morrer”.

“E mostraria a mim, mais uma vez, que uma oportunidade conduz diretamente a outra, assim como o risco leva a mais risco, a vida, a mais vida, e a morte, a mais morte”.

“Pode alguém roubar a felicidade? Ou será que ela é apenas mais um infernal truque interno dos humanos?”

“Posso lhe jurar que o mundo é uma fábrica. O sol a movimenta, os humanos a dirigem. E eu permaneço. Levo-os embora”.

“Eu a disse à menina que roubava livros e a digo a vocês agora.
-Última nota de sua narradora-
Os seres humanos me assombram”.

2 comentários:

Fábio Calab disse...

Oi querida... Etta povinho esse nosso aonde até a morte tem medo de nós... até a morte fica assustada com tamanhas atrocidades que temos coragem de fazer... Pois acho que Dona Morte devia se acostumar pois acho que coisas piores estao por vir.... se prepare Madame...e para voce amada dona do Blog... um otimo fim de semana e quero post no fim de semana... Bjocas mil do fã numero 1....Inté

Elga Arantes disse...

A melhor desse livro pra mim é: "...o ser humano é contráditório: um punhado de bem, um punhado de mal. É só misturar com água". Frase mais humana essa da morte, né? Será que a morte já foi humana? Ou é? Será que mais humana que a gente? Poruqe, na minha opinião, a humanidade é difícil de se alcançar na plenitude. Às vezes, somos humanos sem termos humanidade. Por isso, minha homenagem a Prometeu, que amou a raça humana como nem nós mesmos ainda pudemos.