Habitantes!

28 de julho de 2010

Delirante



Eis aqui a mais recente trilha sonora da minha vida. Essa canção tem embalado momentos mágicos que tenho vivido com uma pessoa muito especial e próxima. Aqui não vale a letra, só a música mesmo!

Aproveito também para desculpar minha ausência dessa parte tão prazerosa da minha vida: Meu Mundo! Justificarei depois.

1 de julho de 2010

O valioso tempo dos maduros

 
O valioso tempo dos maduros
Mário de Andrade*

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral. As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana, que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade...

Só há que caminhar perto de coisas e pessoas de verdade. O essencial faz a vida valer a pena. E para mim, basta o essencial!

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(*) Crianças desse meu Brasil varonil! Lembram daquela antiga brincadeira do telefone sem fio? Aqui no mundo virtual essa brincadeira tem tomado outra forma. Primeiro que aqui a maior parte da brincadeira é escrita e não falada. Mas a moral da história é a mesma: o conteúdo sempre é adulterado pelo caminho!

Esse texto chegou até mim por email, indicando Mário de Andrade como autor. Pesquisei longamente, via Google, e encontrei outras citações, outros títulos e outro texto parecido. Optei por este e logo aviso que não sei se aqui você leu o original ou alguma variação. Ricardo Gondim escreveu outro texto bem parecido com este que publiquei, intitulado “Tempo que foge”. Rubem Alves também aparece em citações.

Como meu propósito aqui é propor reflexão, deixo essas observações registradas e estou aberta a esclarecimentos. Juro que tentei e continuarei tentando desvendar esse telefone sem fio criado na web!