Habitantes!

26 de dezembro de 2009

“Da reflexão dos justos”

Por CECÍLIA MEIRELES

Toda vez que um justo grita,

Um carrasco vem calar.

Quem não presta fica vivo

Quem é bom mandam matar.

Foi trabalhar para todos

E vejam o que lhe acontece:

Daqueles a quem servia,

Já nem um mais o conhece.

Quando a desgraça é profunda,

Que amigo se compadece?

Foi trabalhar para todos,

Mas por ele quem trabalha?

Tombado fica seu corpo

Nesta esquisita batalha.

Suas ações e seu nome,

Por onde a glória os espalha?

Por aqui passava um homem

(e como o povo se ria!)

Que reformava este mundo

De cima da montaria.

Por aqui passava um homem

(e como o povo se ria!)

Ele na frente falava

E atrás a sorte corria.

Por aqui passava um homem

(e como o povo se ria!)

Liberdade, ainda que tarde,

Nos prometia.



Do livro Romanceiro da Inconfidência, escrito por Cecília Meireles e referindo-se a Tiradentes, o poema também incita a esperança e faz nossa alma ansiar por outro grande homem para a história. Apesar de “libertos” oficialmente, agora temos sede de inspiração, verdade, honestidade e bom caratismo. Hoje somos carentes de nós mesmos e da coragem de que dispomos, mas que não se atreve a agir e assim se acomodou.

17 de dezembro de 2009

Animais – Seres Sencientes


Ontem estava assistindo a um documentário no canal Futura, produzido pela Sociedade Mundial de Proteção Animal – WSPA-, intitulado “Animais – Seres Sencientes”. Ao falarem das más condições a que os chamados “animais de produção” são submetidos, uma frase me instigou e me inspirou esse post. Então se preparem para a minha viagem!

Animais de produção são aqueles que vivem confinados e são criados para o abate em péssimas e artificiais condições de vida. Depoimentos de vários pesquisadores enumeravam diversas razões e vantagens em se melhorar o manejo desses animais. Até que uma das estudiosas, Carla Molento, médica veterinária, sintetiza a questão:

“Toda vez que nós optamos por diferentes produtos, por diferentes estilos e vida, nós estamos endossando práticas”.

Contextualizando com o vídeo, essa sentença foi usada na defesa de que a demanda por carne de animais tratados dignamente, aboliria as crueldades cometidas pela ânsia de lucros. Só que a lição contida nessa frase se aplica a outras infinitas situações.

Ainda tratando de consumo, nossa preferência por produtos e empresas ecologicamente corretos, por exemplo, operariam milagres em nossas vidas. Da mesma forma, comprar um produto de uma empresa que não respeita seu cliente é o mesmo que dizer a ela para continuar fazendo isso. Repito: “o consumo endossa a prática”.

Nessas e em outras tantas situações, somos os responsáveis, somos nós os consumidores. Por isso temos a responsabilidade de exaltar o que é bom e repudiar o que é ruim. Só assim damos chance do ruim ser aprimorado. Dessa forma estabelecemos parâmetros prósperos para nossas vidas.

Podemos estender o ensinamento dessa frase para além das relações de consumo, aplicando essa regra nas nossas relações sociais, profissionais, amorosas e até políticas. Dê preferência a quem lhe faz bem e deixe claro seu descontentamento aos que lhe fazem mal. “Não tolere aqueles que agem de forma irresponsável em relação a você”, aconselha também o famoso texto Sunscreen (abrasileirado e afamado por Pedro Bial, numa versão menos original).

Consuma o que é bom e endosse a prática de ser feliz!

14 de dezembro de 2009

Comparações hilárias


Recebi por e-mail e divido com vocês - pra espairecer. Seguem as primeiras 100 da lista. Divirtam-se!

1.Mais aborrecido que viado em zona.
2.Mais afiada que língua de sogra
3.Mais afiada que navalha de barbeiro caprichoso
4.Mais agarrado que velha numa moto.
5.Mais amontoado que uva em cacho.
6.Mais angustiado que barata de barriga pra cima.
7.Mais ansioso que anão em comício.
8.Mais apertado que alpargata de gordo.
9.Mais apertado que bombacha de fresco.
10.Mais apertado que chapéu novo.
11.Mais apressado que cavalo de carteiro.
12.Mais apressado que cuspida de músico.
13.Mais asqueroso que colherada de ranho.
14.Mais asqueroso que vomitar correndo.
15.Mais assustado que cachorro em canoa.
16.Mais atirado que alpargata em cancha de bocha.
17.Mais babado que boi com aftosa.
18.Mais branco que perna de freira.
19.Mais caro que alimentar elefante com bombom.
20.Mais caro que argentina nova na zona.
21.Mais chato que dançar com a irmã.
22.Mais chato que gilete caída em chão de banheiro.
23.Mais chato que pernilongo gordo.
24.Mais complicado que calça de polvo.
25.Mais comprido que cuspe de bêbado.
26.Mais comprido que esperança de pobre.
27.Mais comprido que suspiro em velório.
28.Mais comprido que trova de gago.
29.Mais comprido que xingada de gago.
30.Mais conhecido que a reza do padre-nosso.
31.Mais conhecido que andar pra frente.
32.Mais constrangido que padre em puteiro.
33.Mais contente que centopéia de sapato novo.
34.Mais contente que cão com dois rabos.
35.Mais corado que bund@ de mandril.
36.Mais curto que coice de porco.
37.Mais curto que estribo de anão.
38.Mais demorado que enterro de rico.
39.Mais desconfiado que cego que tem amante.
40.Mais desorientado que alpargata em cima do piano.
41.Mais desorientado que mortadela em salada de frutas.
42.Mais difícil que cagar em tubo de ensaio.
43.Mais difícil que fazer gargarejo de bruços.
44.Mais difícil que se limpar a bund@ com papel picado.
45.Mais difícil que varrer escada à cima.
46.Mais divertido que peido na jacuzzi.
47.Mais doído que chute no saco.
48.Mais doído que que tropeçar descalço.
49.Mais duro que salame de colônia.
50.Mais eficiente que japonês na roça.
51.Mais empoeirado que rato de moinho.
52.Mais encolhido que tripa na brasa.
53.Mais enfeitado que burro de cigano em festa.
54.Mais enfeitado que penteadeira de put@.
55.Mais enfiado que cueca em bunda de gordo.
56.Mais enrolado que briga de polvos.
57.Mais enrolado que cristal para viagem.
58.Mais enrolado que linguiça de venda.
59.Mais ensebado que telefone de açougueiro
60.Mais escondido que peito de freira.
61.Mais estreito que garagem de bicicleta.
62.Mais faceiro que gordo de camiseta.
63.Mais faceiro que guri de calça nova.
64.Mais faceiro que mosca em tampa de xarope.
65.Mais faceiro que pinto ciscando.
66.Mais faceiro que sapo em banhado.
67.Mais falso que nota de três.
68.Mais fechado que baú de solteirona.
69.Mais fechado que porta de submarino.
70.Mais fedido que bebê cag@do.
71.Mais fedorento que arroto de corvo.
72.Mais feio que bater na mãe pelada.
73.Mais feio que briga de foice no escuro.
74.Mais feio que cag@r de pé.
75.Mais feio que cagar de bruço.
76.Mais feio que encoxar a mãe no tanque em sexta feira santa.
77.Mais feio que indigestão de torresmo.
78.Mais feio que sapato de padre.
79.Mais feliz que puta em dia de pagamento.
80.Mais fino que assobio de papudo.
81.Mais fino que freada de bicicleta.
82.Mais firme que catarro em parede.
83.Mais firme que palanque em banhado.
84.Mais firme que prego na polenta.
85.Mais folgado que colarinho de palhaço.
86.Mais forte que peido de burro atolado.
87.Mais forte que sapato de padre.
88.Mais fresco que peido de pinguim.
89.Mais fácil que tabuada do um.
90.Mais fácil que tirar doce de guri.
91.Mais gasto que fundilho de tropeiro.
92.Mais gordo que mosca de mercearia.
93.Mais gostoso que beijo de prima.
94.Mais grosso que cintura de sapo.
95.Mais grosso que dedo de gringo.
96.Mais grosso que dedo destroncado.
97.Mais grosso que rolha de poço.
98.Mais imprestável que assento ejetor de helicóptero.
99.Mais imprestável que fósforo a prova de fogo.
100.Mais informado que gerente de funerária.

9 de dezembro de 2009

Pró-Arruda???

Desde pequena aprendi a frase: se não pode ajudar, também não atrapalhe. Dói ver que nem todos receberam os mesmos conselhos que eu. Se receberam, não o colocam em prática.

Ainda estou atordoada com toda roubalheira denunciada em Brasília. Apesar de saber que há muitas delas a serem descobertas (ou não) Brasil a fora, espero que essa seja o começo da faxina política tão almejada pelos cidadãos de bem. Esse é um exemplo do que acontece de espúrio por baixo (e por cima) dos panos do poder nacional e desejo que esse molde corrupto seja expurgado de nossas vistas, tendo a punição que merece e que, infelizmente, há tempos não se aplica.

Eu estava contente (e aliviada) em ver os estudantes invadindo a tal Câmara Distrital (Casa essa que, a meu ver, nem deveria existir). Então pensei: o povo está reagindo e redescobrindo seu poder. Essa é uma verdade. Nossos estudantes pintam novamente suas faces.

Porém agora me aparecem uns tais pró-arruda e lhes pergunto: como pode existir um bicho desses na face da Terra? São alguns pró-empregos, mas até para se defender emprego há limite. Onde foi parar a vergonha dessas criaturas?
Mais uma vez lhes suplico: parem o mundo que eu quero descer! Esse é o fim ou o começo? O meio?

4 de dezembro de 2009

S.O.S. Ficha Limpa!


Transcrevo aqui o apelo do meu amigo e companheiro de armas, Lord de La Mancha, do caranovanocongresso.blogspot.com, para que forcemos nossas excelências a aprovarem o projeto Ficha Limpa, que encontra-se engavetado na Câmara Federal. Nossos e-mails serão nossas armas em 01/02/2010, quando as excelências voltartem do descanço!

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Amigos, este blog desde sua concepção se dedica a fazer clipping que denuncie políticos corruptos e os corruptores, e se dispõe a manter viva na memória dos leitores todo o cinismo corporativista de nossos congressistas, que está perpetuando naquelas casas os corruptos denunciados, fazendo com que toda CPI termine em pizza. Temos também as renuncias de parlamentares que assim fogem da impunidade para poderem permanecer elegíveis.
Não vamos conseguir limpar o congresso destes canalhas porque:
- Nossas leis falham, por não impedir que essa gente se candidate.
- Os partidos continuam colocando estes bandidos para serem sufragados em detrimento de “caras novas”.
- Os canalhas legislam em causa própria e não aprovam lei que impeça a reeleição de condenados e renunciantes.
Resta o horror de ver isto continuar acontecendo?

Resta a indignação de ver que não existe limite para estes canalhas?

NÃO!
Amigos, hoje a corrupção não é privilégio de nenhum partido, vocês estão vendo isso nos noticiários, envolve partidos governistas, da base aliada e da oposição, quando escândalos, como o das Passagens Aéreas explodem eles se unem e se protegem.

Some-se a isso:
- Mensalões;
- escândalos variados;
- shows de apadrinhamento;
- nepotismo;
- malversação generalizada de dinheiro público.

Tudo isso em um cenário em que a ética poucas vezes esteve em nível tão baixo e com o governo federal praticando fisiologismo para obter apoio político.

O cidadão de bem tem uma saída!

Temos que mudar a lei para podermos limpar a política e pra isso temos um projeto popular, respaldado por mais de 1,3 milhões de assinaturas, com o objetivo de barrar a entrada na política, ou impedir a reeleição, dos chamados “Fichas Suja”, Projeto de Lei (PL) 518/09 entregue ao Presidente da Câmara, Sr. Michel Temer, na porta da Câmara dos Deputados no dia 30/09/2009.

Foi engavetado e lá vai permanecer se não houver participação popular.

O mais difícil foi feito! Porque não foi fácil ao MCCE coletar 1,3 milhões de assinaturas!

Agora temos que batalhar pra que os canalhas o tirem da gaveta e aprovem.
Temos que mostrar aos congressistas o que queremos!
Acreditem, alem de barrar a entrada de fichas sujas vamos limpar 1/3 do atual congresso!
O que podemos fazer?
Podemos enviar recados (emails) aos parlamentares.
VEJA, A SEGUIR, COMO ENVIAR UMA MENSAGEM:
No site da Câmara dos Deputados, acesse o link
para enviar mensagens de apoio ao Projeto de Lei a TODOS os parlamentares e continuar acompanhando todas as notícias sobre o PL. Pronto, assim você já contribuiu para a aprovação do Projeto!

SUGESTÃO DE MENSAGEM:
Prezado(a) Parlamentar,

Como cidadão e participante ativo da vida política de nosso País e integrando-me ao clamor dos 1.300.000 cidadãos que assinaram em apoio ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular sobre a Vida Pregressa dos Candidatos, projeto este que vai tramitar sob o nº. 518/09 na Câmara Federal, venho solicitar-lhe que V. Exa. faça a sua parte na busca de uma célere tramitação e a devida aprovação deste Projeto, que estabelece objetivamente critérios de inelegibilidade, com o intuito de moralizar o processo eleitoral e restabelecer a importância e seriedade das instituições políticas de nosso País.
Este Projeto, fruto da mobilização popular, espelha, como já dissemos, o clamor e o anseio do povo brasileiro, do qual V. Exa. é representante.
Certo de podermos contar com sua nobre representação - assim cumprindo a missão para a qual V. Exa. foi eleito(a), despeço-me.
Atenciosamente,

Para Blogueiros políticos:

Na “Rede Brava Gente Brasileira” são (hoje) 146 membros, e hoje temos uma capacidade inimaginável de multiplicar nossa ação. Aqueles que não se filiaram a rede estão convidados a se juntar a nós (http://bravagentebrasileira.ning.com). Esta rede foi criada pela nossa colega e amiga Thaís Gomes com o apoio do Laguardia. A Thais criou também um Twitter >>>> http://twitter.com/bravagenteb para que possamos nos comunicar com mais velocidade e a qualquer tempo.

Através da rede poderemos sincronizar nossos blogs para divulgar e massificar a campanha.

Estudamos esta campanha e concluímos que seria interessante se pudéssemos sincronizar uma data e “literalmente entupir a caixa de email dos excelências”.

Optamos pelo 1/2/2010, primeiro dia útil de trabalho(?) dos vagabundos do planalto, para o envio da primeira onda. Primeiro de fevereiro seria a primeira onda, precisamos marcar outras datas para outras ondas. Se repercutir conseguiremos mais adesões para as ondas seguintes.

Pra que a gente consiga esta sincronia teremos muito trabalho, e vamos precisar de colaboração de todos, mas vamos mostrar aos excelências que somos capazes de mobilizar um grande número de brasileiros.

Vamos criar um TSUNAMI DE EMAILS!
O PL 518/09 precisa ser aprovado até junho de 2010.
Vamos divulgar nossa ação através dos sites do MCCE e do MCCE São Paulo.

Conto com o entusiasmo e acredito que você será uma daqueles pilares em quem poderemos nos apoiar pra que a idéia seja bem sucedida.

Um abraço a todos os IRMÃOS DE ARMAS.

3 de dezembro de 2009

+ 2 !


Hoje partilho com vocês esses dois novos selos que recebi de meus amigos virtuais: Cachorro Louco e Laguardia. Eles são dois dos queridos inconformados que, como eu, anseiam por dias melhores para esse país que amamos tanto. Agradeço a vocês pelo carinho de sempre!

2 de dezembro de 2009

RECEITA DE FRANGO COM WHISKY (ÓTIMA)



Ingredientes:

01 garrafa de whisky (12 anos!)
01 frango de aproximadamente 2 quilos
sal, pimenta e cheiro verde a gosto
350 ml de azeite de oliva extra virgem
nozes moídas

Modo de preparar:

Pegue o frango. Beba uma dose de whisky. Envolva o frango e tempere-o com sal, pimenta e cheiro verde a gosto. Massageei-o com azeite.

Pré-aqueça o forno por aproximadamente 10 minutos. Sirva-se de mais uma boa dose (caprichada) de whisky enquanto aguarda. Use as nozes moídas como 'tira gosto'. Coloque o frango numa assadeira grande.

Sirva-se de mais duas doses de whisky. Azuste o terbostato na marca 3 , e debois de uns vinch binutos,botar para ssassinar. - digu: assar a ave. Derrubar mais uma dose de whisky debois de beia hora. Gontrolar a assadura do frango.

Zentar na gadeira, zervir-se de uoooooooootra dose ssarada de whisky. Cozer(?), costurar(?), cozinhar, sei lá, voda-se o vrango. Deixáááá o filho da buta do pato no vorno por umas 4 horas.

Tendar dirar o vrango do vorno. Num vai guemar a mão, garaio! Mandar mais uma boa dose de whisky pra drentro...de você,é claro.

Tentar dirar de noovvo o sacana do vrango do vorno, porque na primeira eenndadiiiva dããão deeeeuuuuuu.

Begar o vrango que gaiu no jão e enjugar o filho da buta com o bano de jão e
ologá-lo numa pandeja ou qualquer outra borra, bois avinal você nem osssssssssta muito dessa bosta mermo.
_

Tá bronto!


Recebi por e-mail e achei que seria uma receita boa mesmo! Me enganei, porém rachei de rir.

25 de novembro de 2009

Ser feliz ou ter razão?

Oito da noite, numa avenida movimentada. O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos. O endereço é novo, bem como o caminho que ela consultou no mapa antes de sair.

Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem. Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida. Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado. Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno.

Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados. Mas ele ainda quer saber:

- Se tinhas tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, devias ter insistido um
pouco mais...

E ela diz:

- Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!

Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não. (Autor desconhecido)



E aí? Quer ser feliz ou ter razão? Recebi essa mensagem por e-mail e, até o final desta edição, não descobri o nome da tal empresária!

Dentro desse contexto quase automático de muitas vezes optarmos pela razão, proponho outra reflexão a respeito. Essa mania que temos vem de um bichinho que se instala em nós: o orgulho. Eu acredito que o orgulho não serve pra nada, aliás, serve apenas para uma única coisa: SEPARAR PESSOAS. Já repararam o quanto esse tal orgulho azeda nossas vidas? Desde de um simples “eu não te ligo porque você não me liga” até aos grandes rompimentos, esse pilantrinha do orgulho se faz presente. Mas temos uma saída: ignorar o que ele diz!

24 de novembro de 2009

É triste, mas é verdade!

O que passa na cabeça quando são chamados pra beber:




Achei genial essa propaganda. Longe de ser preconceituosa, creio que conseguiram captar muito bem as diferenças sutis entre o universo masculino e o feminino. As diferenças são sutis, sim, mas os estragos que elas provocam são enormes.
_
Aqui também cabe uma referência ao que chamamos de público-alvo. Também chamado de target, ele é o destinatário da propaganda. Já reparou que acontece de você ver uma propaganda e não entender o que ela quer dizer? Isso ocorre simplesmente porque aquele comercial não é direcionado a você, você não é o público-alvo nesse momento. Nesse caso aqui, claro, o público-alvo são os homens, mas isso não impede as boas gargalhadas femininas!

23 de novembro de 2009

Os Fábios da minha vida


Tem alguns “Fábios” preocupados com minha ausência e com meu silêncio. Um tá do lado de cá e outro do lado de lá do Atlântico. Desde que li os comentários carinhosos que eles escreveram fiquei me perguntando o porquê disso e tentando entender esse meu afastamento.

Aí me veio à cabeça uma das lições que aprendi com a minha terapeuta: não há motivos únicos para se fazer ou se deixar de fazer alguma coisa. Ela dizia: “Thaís, são no mínimo três e geralmente uns cinco”. Não pensem que serei capaz de enumerar todos aqui, agora. Isso exige muito desprendimento e não sei dizer se todos os motivos são conscientes (coisas que só Freud explica)!

Farei com vocês uma conjectura a respeito de alguns prováveis e conscientes motivos. O primeiro deles é que ando numa tremenda falta de inspiração. Quando inaugurei esse Mundo, minha mente fervia. Tinha um milhão de idéias para escrever, para partilhar e confesso que tenho sentido falta delas. Parece um misto de desilusão e prostração. Está estranho e não sei explicar exatamente o que é. Metamorfose? Férias?

Estou também numa fase de introspecção e reavaliação de muitos aspectos da minha vida. Nada grave, mas são coisas que angustiam e que talvez deixem o meu discurso com um tom meio down. Como odeio lamentações, creio que de certa forma é melhor poupar vocês disso.

Cheguei a culpar também o chamado inferno astral (período de um mês que antecede os aniversários), mas já completei mais um aninho e o bode persevera. Por isso vou parar de culpar também a TPM! Um dos Fábios cogitou a falta de tempo, mas não aceito isso como desculpa, já que tempo a gente arranja para o que a gente QUER.

Enfim, está tudo aqui dentro e pretendo digerir bem rápido. Enquanto isso (sem ser na sala de justiça), peço que os Fábios tenham um pouco de paciência. Peço também que sugiram temas, já que ando sem as tais idéias. Mas o melhor de tudo isso é ver que esse Mundo aqui segue querido, vivo e pulsante. Fiquem tranqüilos que essa é só uma fase. O blog não está acabando e o silêncio em breve será findo!

13 de novembro de 2009

Mais homenagem


Comemoro hoje com vocês, nesta sexta-feira 13, neste dia quente e ensolarado, uma comenda que recebi de amigos queridos aqui desse mundo virtual: O Indignado e Laguardia.

O Indignado é pai do Tribuna Brasil, que “é o pódio para o grito de dignidade dos brasileiros contra tudo que houver de errado no país”, conforme define esse autor indignadíssimo, do bem, companheiro de Brava Gente Brasileira e excelente aluno de twitter!

Laguardia é pai do Brasil – Liberdade e Democracia, “um blog livre, democrático, que prima pela ética no governo e nos negócios e crê que o Bem sempre vencerá o Mal”. Laguardia é um grande sonhador que acaba iluminando o coração da gente. Foi dele a idéia de comemorarmos o 7 de setembro, conceito que culminou na campanha Brava Gente Brasileira e posteriormente na rede social de mesmo nome. Por essas e outras, acredito que posso chamá-lo de sócio, né Laguardia?

Agradeço a vocês todo carinho, companheirismo e ideário que moldam nossa união. Que sigamos sempre juntos em nossas lutas contra os moinhos de vento, Quixotes modernos que somos, segundo outro querido amigo, o Lord.

Obrigada por existirem!

12 de novembro de 2009

Plataforma também afunda

Há alguns dias, assistindo ao Datena [adoro!], vi a notícia de uma inundação em São Paulo, na região de Barueri e Carapicuíba. Uma represa ou barragem da Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo -, rompeu provocando a enchente. Em nota à imprensa, a referida estatal culpou o grande volume de chuvas pelo ocorrido. Datena não perdeu tempo: - Só faltava essa, São Paulo agora bota a culpa em São Pedro! Vendo a reportagem me lembrei de uma questão que muitos esqueceram.

No primeiro semestre desse ano a Sabesp lançou uma campanha publicitária em todo o país, mesmo que sua atuação seja restrita a São Paulo, brincadeira que custou ao Estado cerca de R$ 178 milhões. Foi uma boa chance de Serra mostrar ao país suas intenções presidenciais, não se importando com a legislação eleitoral e desprezando o Estado que o elegeu, que acaba pagando essa alta conta. Parece que corre no STF um processo nesse sentido, mas até agora não há nada conclusivo. A mensagem do comercial é até bacana, mas se a intenção de Serra era esclarecer o povo brasileiro sobre questões ambientais bastava que enviasse o roteiro ao Minc, concordam?



Ontem, o presidente da Sabesp tentava explicar o motivo de os paulistas ficarem sem água, após o apagão de terça-feira. Desculpa ele teve, aliás nunca falta a ninguém, mas é triste ver a presepada que esse povo arruma para mascarar tamanha incompetência. Querem a tese dele? As bombas de água precisam de energia para funcionar. É uma pena que uma estatal do principal Estado do país dependa exclusivamente de uma única fonte de energia para seu funcionamento. Será que já ouviram falar em geradores? Não quero entrar no mérito técnico da coisa, só falo de acordo com meu bom senso.

Para colher informações para esse texto, encontrei um vídeo do Datena batendo boca com o já mencionado presidente da Sabesp. Tinha que ter um Datena aqui em Minas Gerais [ah...e como tinha]. Vejam:



Será que, depois de todo esse circo armado, vai rolar mais propaganda da Sabesp/Serra pelo Brasil afora? Há de se procurar outra plataforma porque essa foi por água abaixo.

Precisamos parar de tachar partidos políticos, oposição e governo, direita e esquerda. Temos que tachar as pessoas, achacar individualmente aqueles políticos que atuam de forma ilícita e amoral [imoral é pouco]. Esses maus políticos é que promovem o descrédito de uma classe inteira. Nos fazem desacreditar até na esperança. Essas laranjas podres é que contaminam o cesto. Vamos jogando as laranjas podres fora, uma a uma. Só nos é preciso aprender a reconhecê-las.

6 de novembro de 2009

Eu, prisioneira das Farc



Em seu livro “Eu, prisioneira das Farc”, Clara Rojas conta o que viveu nos seis anos em que ficou cativa. Ela foi seqüestrada pelas Farc junto com sua amiga Ingrid Betancourt, que era então candidata à presidência da Colômbia e Clara era diretora de sua campanha.

Motivada principalmente pelo relato de uma experiência de sobrevivência frente ao seqüestro e à selva, me embrenhei nessa leitura. O anúncio da gravidez de Clara Roja e do nascimento de seu filho nessa situação extremamente adversa, também aguçou minha curiosidade.

O martírio da autora é inquestionável, pois além de privada de sua liberdade, enfrentou também os desafios impostos pela selva. Passar por uma situação dessas é difícil até de se imaginar – ou impossível. Insetos, barro, caminhadas constantes, pouca comida, angustia, tempestades, fugas frustradas, a iminência da morte; esses foram alguns dos ingredientes dessa jornada de Clara Rojas e de tantos outros cativos das Farc.

Lendo o relato detalhado da autora, desde o início do livro, senti falta de grandes personagens em sua história. Principalmente com sua então amiga Ingrid Betancour, faltavam diálogos, confidências e companheirismo. Clara pouco falava da relação das duas e, inicialmente, pensei que estava preservando a amiga, já que o livro é uma exposição particular do acontecido. Me enganei. Com o passar dos dias a autora foi se afastando de Ingrid, o que podia ser uma questão particular às duas. Mas não, com o correr da narrativa Clara não se aproximou de mais pessoas e se mostrou, na minha opinião, uma pessoa individualista, mimada e que se vitimizava o tempo todo, mesmo dedicando um capítulo ao tema amizade. Eis alguns trechos para ilustrar essa minha impressão:

“Sempre me chamou a atenção o fato de as panelas em que lavavam os alimentos estarem limpas. Para mim, isso era vital”.

“Quando a arepa, a sopa ou até o chocolate estavam gordurosos – o que ocorria na maioria das vezes -, eu nem sequer os provava”.

“... nenhum (dos outros prisioneiros) teve a idéia de pedir que me libertassem para que eu pudesse das a luz em condições mais aceitáveis...nenhum deles também tentou me ajudar ou me apoiar...”

“Essa atitude sua (de Ingrid), tão fria, sem dúvida criou um tipo de comportamento nas outras pessoas do grupo, que adotaram, e inclusive mantêm hoje em dia, certa agressividade comigo, pensando que assim ganham o favor ou a simpatia de Ingrid”.

“Deixem-me em paz, eu respondo por meu bebê”.

“Algumas mulheres se comportaram como se a situação não tivesse nada a ver com elas, apesar de também serem mães e poderem entender o que eu estava passando. Não me deram uma oportunidade de confiar nelas, algo que eu teria agradecido”.

“No cativeiro eu me sentia muito sozinha”.

“Eu tinha a impressão de que muitos dos meus companheiros preferiam que não me libertassem, e às vezes cheguei a sentir que queriam me comer viva”.

“ Só um de meus companheiros se ofereceu para carregar minhas coisas até a porta... Alguns entraram no banheiro para não ter de se despedir, outros não foram capazes nem de se levantar e largar o cigarro para se despedir decentemente”.

A impressão que eu tinha era: tudo e todos contra Clara Rojas. Nessas circunstâncias, o grande amparo que qualquer um precisava e que podia tonar esse inferno menos penoso, estava bem ali, ao alcance de todos: os cativos tinham uns aos outros. Eram dezenas de pessoas que não viraram personagens da história da autora. Não percebi a dedicação de Clara em se aproximar e estabelecer relações afetivas com as outras pessoas. Parece-me inclusive que ela destinava mais atenção aos guerrilheiros que aos seus companheiros de clausura. A síndrome de Estocolmo talvez explique essa atitude, apesar de Clara tê-la negado no final do livro.

Penso que de repente posso ter esperado de uma sobrevivente, a perfeição, coisa que todos nós estamos longe de atingir. Mas com atitudes egoístas, Clara piorou aquilo que de terrível estava acontecendo em sua vida. Quando chegou o momento dela falar de sua gravidez, episodio que aconteceu durante o cativeiro, Clara decidiu não tornar público o que aconteceu e ainda se queixou das especulações que obviamente surgiram a respeito. Ora, se tudo aconteceu durante os seis anos que foi mantida presa pelas Farc, é uma lástima esses fatos não estarem presentes em sua autobiografia. Isso, para nós leitores, seria muito mais interessante de ler do que as milhares de caminhadas e queixas da autora.

Já a determinação de Clara em se manter viva, sim, é uma grande lição a ser tirada. Também ressalto aqui sua disciplina, coragem, garra e perseverança. Esse é um livro que revela a fragilidade humana, mostra pessoas em um teste de capacidade de adaptação ao intolerável e nos faz pensar no quanto somos capazes de promover tanto o bem quanto o mal.

Nada é por acaso nessa vida; tanto eu quanto à autora concordamos nesse ponto. Só que devemos aprender as lições que advém desses desafios, além de apenas sobreviver a eles. Em uma de suas canções, Maria Betânia canta: "A arte de sorrir, cada vez que o mundo diz não".
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PS: Quem não clicou na figura acima, não deixe de acessar o site que da detalhes do livro. O endereço é http://www.euprisioneiradasfarc.com.br/default.asp .
Lá você pode ler mais trechos, baixar capítulo, ver vídeo, etc.

4 de novembro de 2009

Raulzito não morreu!




Gospel
Composição: Raul Seixas

Por que que o sol nasceu de novo e não amanheceu?
Por que que tanta honestidade no espaço se perdeu?
Por que que o Cristo não desceu lá do céu e o veneno só tem gosto de mel?
Por que que a água não matou a sede de quem bebeu?
Por que que eu passo a vida inteira com medo de morrer?
Por que que os sonhos foram feitos pra gente não viver?
Por que que a sala fica sempre arrumada se ela passa o dia inteiro fechada?
Por que que eu tenho a caneta e não consigo escrever? (Escrever)
Por que que existem as canções que ninguém quer cantar?
Por que que sempre a solidão vem junto com o luar?
Por que que aquele que você quer também já tem sempre ao teu lado outro alguém?
Por que que eu gasto tempo sempre sempre a perguntar? (A perguntar)
Por que que eu passo a vida inteira com medo de morrer?
Por que que os sonhos foram feitos pra gente não viver?
Por que que a sala fica sempre arrumada se ela passa o dia inteiro fechada?
Por que que eu tenho a caneta e não consigo escrever? (Escrever)
Por que que existem as canções que ninguém quer cantar?
Por que que sempre a solidão vem junto com o luar?
Por que que aquele que você quer também já tem sempre ao teu lado outro alguém?
Por que que eu gasto tempo sempre sempre a perguntar? (A perguntar)

Essa música faz parte da trilha sonora da novela Viver a Vida. Achei que ela era bem o estilo do Raul Seixas, mas o fato dele não estar mais aqui entre nós fez minha mente procurar por mais alternativas. Não encontrei. A música é dele mesmo e me encantei principalmente pela letra (divertidíssima)!

3 de novembro de 2009

Invasão de Domicílio


Gente do céu, quem não assistiu esse filme, corra até a locadora mais próxima! Deliciosamente envolvente, o filme mostra o lado falho e metafórico das pessoas. É um filme repleto de simbologias e conexões incríveis entre os personagens, o que deixa evidente minha teoria de que realmente somos engrenagens.

É instigante ver como se pode apenas reagir aos acontecimentos da vida, mas o quanto pode ser mágica uma atitude diante daquilo que nos é [aparentemente] imposto. Essa obra deixa a lição de que, melhores que expectadores, podemos e temos que ser autores da própria história. Eis um prato cheio para os amantes e para os amantes das relações inter e intrapessoais, como eu! Segue a melhor sinopse que encontrei:

Invasão de Domicílio (Breaking and Entering) conta a história de uma série de roubos criminais e emocionais, ambientado no cenário de mudanças culturais e geográficas da cidade de Londres. Will (Jude Law) e seu amigo Sandy (Martin Freeman) tem uma próspera firma de arquitetura paisagista e recentemente mudaram-se para a região de King's Cross, o centro da mais ambiciosa regeneração urbana da Europa. Seu escritório, de tecnologia avançada, atrai constantemente a atenção de ladrões locais e Will, farto depois de mais uma invasão, persegue um dos jovens membros da quadrilha, Miro (Rafi Gavron), até o apartamento em que mora com sua mãe Amira (Juliette Binoche), uma refugiada bósnia.

Em casa, Will vive com sua bela namorada Liv (Robin Wright Penn) que passa a maior parte do tempo preocupada com Bea (Poppy Roger), a filha problemática de 13 anos.

Will se torna amigo de Amira para investigar melhor o roubo, mas o relacionamento toma um rumo inesperado. Amira logo descobre que Miro roubou o escritório de Will e passa a suspeitar de suas verdadeiras intenções. Desesperada, ela começa a chantagear Will para proteger seu filho. Com a vida já em crise, Will embarca em uma jornada de paixão no lado mais obscuro de si mesmo e da cidade em que mora (Fonte:
http://filmes.net/invasao/).

28 de outubro de 2009

Mal acostumados

Cena do filme Borat.


Já repararam o quanto a gente se adapta e acabamos nos acostumando com a realidade em que estamos inseridos? Isso tem o lado bom e o ruim, como o abacaxi do post anterior, mas hoje falarei da parte chata.

Na última segundona brava, a Globo exibiu o filme Borat, um longa no mínimo estranho. A primeira parte, única que consegui assistir, contava a história de um repórter de TV vindo Casaquistão, que viaja aos EUA para fazer uma reportagem sobre os hábitos dos norte-americanos. Borat, o protagonista, de repente se depara com o American Way numa estranha experiência. De um insight baseado nesse filme maluco, quero especular a respeito dessas realidades opostas e desse estranhamento que sentimos em relação ao desconhecido. Mais: quero que percebam o quanto o cotidiano passa despercebido, uma vez que estamos imersos nele.

Borat, quando chegou à America, se deparou com várias novas coisas, dentre elas uma escada rolante e um elevador. Entenderem as disparidades enfrentadas e o choque tomado pelo repórter em questão?

Agora vamos hipoteticamente imaginar esse protagonista aqui no Brasil. Como ele reagiria ao saber que aqui filhos matam os pais? Que aqui existe policiais capazes de deixar uma vítima morrer sem socorro e, além de liberar os assassinos, roubar os pertences de quem ainda agoniza no chão? Que aqui se assalta passageira de avião que morreu durante o vôo? Que bandido aqui tem armamento melhor que o da polícia? Que políticos, além de roubarem o dinheiro do povo, debocham da opinião pública e, em casos extremos, se comparam com Jesus? Que pessoas bêbadas dirigem e matam? Que não olhamos nos olhos de quem cruza o nosso caminho? Que sentimos medo uns dos outros? Que tem gente que vota em troca de favores pessoais? Que pais chamam a polícia para prender filhos viciados, que não encontram tratamento no serviço público de saúde? Que menores cometem crimes de maiores e não respondem por isso? Que alunos agridem professores durante as aulas? Que aqui se desmata e se mata apenas por dinheiro (ou por nada)?

O que mais poderia espantar o protagonista em questão? Porque a gente não se assusta com mais nada disso.

20 de outubro de 2009

Troféu abacaxi


Eu e minhas parábolas. É quase uma comédia e sempre me pergunto: de onde tirei isso? Explico. Sou muito ligada às questões de relacionamento e comportamento humano. Confesso ainda que me saio muito melhor nas questões alheias do que nas minhas. Quando quero que alguém entenda o que estou dizendo e esse alguém tem certa resistência em aceitar ou entender meus palpites, já começo a pensar num exemplo que faça com que esse alguém compreenda o que quero dizer. Escrevo sobre isso porque ontem, numa conversa com um amigo, formulei mais uma das minhas figuras de linguagem e ele me chamou de “Mestre dos Magos”! Lembram-se dele, o baixinho da Caverna do Dragão? Ri demais!

Bem, na pérola de ontem, fiz uso de um abacaxi. Devo ter pensado que aquela historinha de que “do limão se faz uma limonada” já estava meio batida. A essência é a mesma, mas a que inventei sobre o abacaxi vai além.

Eu e esse meu amigo falávamos sobre defeitos e qualidades presentes em todos nós. Assunto complexo esse, pois ao mesmo tempo em que morremos de saber disso, relutamos em aceitar as imperfeições dos outros e praticamente “esquecemos” que temos as nossas. Foi aí que surgiu o abacaxi. Vamos a ele:

Imagine um abacaxi, sua casca grossa, sua coroa espinhenta e sua polpa doce e amarela. O palpite que dei a esse meu amigo era: concentre sua percepção sempre na parte amarela do abacaxi; pare de olhar para a casca e querer que ela seja doce e macia; descarte a casca e a coroa e saboreie a massa amarela.

Captaram a moral da história? Penso que devemos olhar para o que o outro tem de bom. Aliás, temos que ver o lado bom de todas as coisas porque tudo tem o tal lado bom. O que o outro tem de ruim não deixará de existir, mas assim, se prendendo às qualidades dele, você deixa de se importar tanto com os defeitos. Claro que há incompatibilidades que vão além da de toda essa tolerância, mas se você quer se relacionar bem com determinado abacaxi, morder a coroa não será uma experiência agradável. Quem levará o troféu abacaxi?

15 de outubro de 2009

Mais alguém?



Mais Alguém

Roberta Sá
Composição: Moreno Veloso e Quito Ribeiro


Não sei se é certo pra você
Mas por aqui já deu pra ver
Mesmo espalhados ao redor
Meus passos seguem um rumo só.

E num hotel lá no Japão
Vi o amor vencer o tédio
Por isso a hora é de vibrar
Mais um romance tem remédio

Não deixe idéia de não ou talvez
Que talvez atrapalha
Não deixe idéia de não ou talvez
Que talvez atrapalha.

O amor é um descanso
Quando a gente quer ir lá
Não há perigo no mundo
Que te impeça de chegar.

Caminhando sem receio
Vou brincar no seu jardim
De virada desço o queixo
E rio amarelo.

Agora é hora de vibrar
Mais um romance tem remédio
Vou viajar lá longe tem
O coração de mais alguém.

Não deixe idéia de não ou talvez
Que talvez atrapalha
Não deixe idéia de não ou talvez
Que talvez atrapalha.

9 de outubro de 2009

Plágio do Beto!



Agora, finda minha TPM, já posso gargalhar diante dessa nova invenção. Tive conhecimento desse sonho masculino lá no blog do Beto e trouxe para cá depois de rir bastante.

7 de outubro de 2009

Educação é tudo

Muitas vezes o conceito de educação fica preso apenas no que diz respeito à escola. A escola é, sem dúvida, um grande berço, mas não o único. As grandes lições de ética e moral, que envolvem caráter e personalidade, são ensinadas pela família, que concede (ou não) às crianças noções de limite e respeito com o outro. Nosso país carece de educação, mas essa carência vai muito além da escolar. Essa última aliás, atualmente paga caro pela deseducação de filhos que violentam inclusive os próprios pais.

São vários os problemas que decorrem da falta de educação. Hoje cito o trânsito, fazendo uma abordagem acerca de uma excelente campanha do Denatran e que vem sendo exibida na TV. Os comerciais exemplificam muito bem as consequências que decorrem da má educação da população.

Tudo se resume à total falta de respeito com o outro, com o próximo, em nome de um individualismo exacerbado. Esse estrago promove, desde infrações no trânsito, até corrupção. Volto a citar uma pergunta que já publiquei aqui anteriormente: "Todos estão pensando em deixar um planeta melhor para nossos filhos... quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta?". Esse questionamento foi feito em um congresso sobre vida sustentável. E isso não tem a ver apenas com debates ambientais. Temos que focar em nós, nas nossas vidas, em nosso comportamento e no importante papel que temos de cumprir para que tudo melhore.

5 de outubro de 2009

Desencontros para encontro

Foto do filme O Feitiço de Áquila (1985).
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“Amar outro ser humano é talvez a tarefa mais difícil que a nós foi confiada, a tarefa definitiva, a prova e o teste finais; a obra para a qual todas as outras não passam de mera preparação”.

Rainer Maria Rilke

Às vezes penso que já vivi o amor. Outras vezes penso que não. Falo aqui do amor, no meu caso, entre homem e mulher. São tantas definições que vejo por aí que acabo sempre na dúvida. E quando me deparo frente a essa imprecisão, me vem a “quase” certeza de que não conheço o amor. Isso porque diante da existência de um sentimento tão sublime, não haveria espaço para confusões. Penso que seria como estar diante de um elefante e não reconhecê-lo. Mas sinto também que o amor não é nada exagerado e ostensivo; imagino que seja simples, tranquilo e cheio de paz. A parte mais cáustica fica por conta da paixão e esta sim, conheço bem.


Diante dessa citação que deu inicio a este post, uma das minhas teorias ganha sentido. Explico. São tantos os desencontros que vivenciamos, e tão raros os encontros, que é como se estivéssemos realmente nos preparando para quando o amor finalmente chegar. Finalmente? Será que demora tanto? Gostamos de quem não gosta da gente, pessoas se interessam por nós e não damos a mínima, às vezes entramos em relacionamentos que tem “tudo” para dar certo e saímos deles jurando que eles tinham “tudo” para nem terem começado. Mas aí está o grande lance: acredito que todas as pessoas que aparecem em nossas vidas nos preparam para as seguintes. Isso ocorre sucessivamente até que estejamos prontos e maduros para o amor. Cada pessoa vem acompanhada de uma lição a ser aprendida. Juro que tenho tentado!


No dia a dia é mais complicado de perceber essa engenharia. Mas com o passar dos anos fica fácil perceber e reconhecer os erros cometidos e os ensinamentos provenientes de cada um deles. “Os anos fazem coisas que os dias desconhecem”. Não sei quem é o autor dessa frase, mas ela revela uma das grandes verdades dessa vida: que, no fim das contas, tudo tem propósito e sentido. Resta-nos ter paciência e fé até que o amor chegue e se revele.

2 de outubro de 2009

Fotos interessantes!


























Ah, gente! Eu mesma tenho sentido falta dos meus textos e das minhas divagaçãoes, mas ando tão sem inspiração! Deve ser a tpm. Enquanto minha mente não se ilumina, reparto com vocês conteúdos que gosto e, portanto, falam um pouco de mim. Achei essas fotos incríveis. Mesmo que haja montagem ou photoshop, elas não desmerecem minha admiração. Espero que gostem!