Habitantes!

6 de abril de 2009

Vinde a mim os pequeninos

Tenho mantido contato com pessoinhas que há pouco passaram a existir. A primeira delas foi o Olavo, que nasceu em outubro passado. Na última sexta-feira nasceu o Arthur, que conheci no sábado. Ontem, domingo, conheci a Laura e recebi a notícia do nascimento do Pietro. Quantos! E todos tão próximos que me obrigaram a refletir sobre o assunto. São tão pequenos em tamanho, mas enormes em significado. Eles mudam tudo: rotinas, convicções, valores, prioridades. Chegam com ar de quem não quer nada e já são tudo.

Ao ver esses pequenos, tão dependentes e tão frágeis, me vem à mente a soberania das mães. O zelo que os bebês exigem me fazem indigna da mãe que tenho. Quando imagino (já que não lembro) que fui daquele tamanho, dependi dos mesmos cuidados e que hoje, em muitos momentos, sou ríspida com minha mãe, me envergonho da tamanha leviandade que pratico. Mas acontece nas melhores famílias e em todos os divãs. Nós, depois de crescidos, buscamos uma perfeição em nossas mães que não existe e não tem que existir. Elas são perfeitas em si. Não há perfeição sem imperfeições. Elas são humanas, esqueceu, Thaís?

Mas insistimos. Penso que isso se deve à enorme referência que elas representam em nossas vidas. E seus erros nos remetem às nossas próprias imperfeições. Seus erros evidenciam os nossos. E só damos conta disso quando somos paridos novamente, quando saímos do “lar, doce lar” e somos soltos no mundo, mundo que não perdoa.

E mesmo depois de crescidos continuamos nossas exigências. Só mudam os objetos. Do peito à mamadeira, da mamadeira à comida posta na mesa. E aí me grita o tamanho do laço materno que nos envolve. Eternamente! Depois do ventre e depois do seio, não há como ser diferente. Mãe é mãe. A presença ou a ausência delas são igualmente enormes. São nossa raiz. E negá-las é negar a si próprio.

Essa é a lei natural da vida: nascer, crescer, reproduzir e morrer. Já nasci, lhes garanto. Ainda estou crescendo. Parte de mim já se reproduz nesses pequenos que nascem de barrigas próximas. Não sei se morrerei tendo gerado um. Mas uma coisa já é clara para mim: os bebês é que dão sentido a cada batida do nosso coração. São o que faz tudo valer a pena. São um convite à esperança e ao que a vida quer de nós! Eles nos continuam.
Minha mãe grávida de mim!

3 comentários:

Fábio Calab disse...

Oi querida.... Devo nao ser a pessoa muito indicada para falar desse seu tema... Sou muito apaixonado pela minha mae... depois que na minha familia começaram a vir os bebês acho que demos mais valor pelo que nossa mae fez pela gente... dedicação exclusiva e amor incondicional. Somente nesses 2 ultimos anos nossa família ganhou 4 novos representantes... sou ultra mega apaixonado por eles... A primeira se chama Carol... da qual sou padrinho... depois veio o Junior... Laura e Gabriela.... e tenho uma outra Laura da qual tambem sou padrinho que mora na Itália... São pequenas Grandes pessoas que nos fazem muito mais felizes e gratificados, são super inteligentes, demonstram um carinho pela gente fora do comum ... Bom deixa eu ir pois meus olhos estão ficando com lagrimas de saudades deles... Espero um dia ter um desses pequerruchos... bjocas amada amiga

Anônimo disse...

Thaisssss... você parece demais com sua mãe!!! Eitaaaa...

Tati

Giulia disse...

Querida!!! Como não vi isso antes?! Eu, minha mãe e minha vó Maria Helena (de Petrópolis), estamos emocionadas aqui. Simplesmente LINDO!
E concordo plenamente com você , sinto que cada batida do meu coração tem mais sentido depois da chegada do Olavo, além da percepção do quanto realmente sou parecida com minha mãe, não só quando me pego cometendo os mesmos erros, mas em praticamente tudo, rs!
Bjooooooo