Habitantes!

12 de novembro de 2009

Plataforma também afunda

Há alguns dias, assistindo ao Datena [adoro!], vi a notícia de uma inundação em São Paulo, na região de Barueri e Carapicuíba. Uma represa ou barragem da Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo -, rompeu provocando a enchente. Em nota à imprensa, a referida estatal culpou o grande volume de chuvas pelo ocorrido. Datena não perdeu tempo: - Só faltava essa, São Paulo agora bota a culpa em São Pedro! Vendo a reportagem me lembrei de uma questão que muitos esqueceram.

No primeiro semestre desse ano a Sabesp lançou uma campanha publicitária em todo o país, mesmo que sua atuação seja restrita a São Paulo, brincadeira que custou ao Estado cerca de R$ 178 milhões. Foi uma boa chance de Serra mostrar ao país suas intenções presidenciais, não se importando com a legislação eleitoral e desprezando o Estado que o elegeu, que acaba pagando essa alta conta. Parece que corre no STF um processo nesse sentido, mas até agora não há nada conclusivo. A mensagem do comercial é até bacana, mas se a intenção de Serra era esclarecer o povo brasileiro sobre questões ambientais bastava que enviasse o roteiro ao Minc, concordam?



Ontem, o presidente da Sabesp tentava explicar o motivo de os paulistas ficarem sem água, após o apagão de terça-feira. Desculpa ele teve, aliás nunca falta a ninguém, mas é triste ver a presepada que esse povo arruma para mascarar tamanha incompetência. Querem a tese dele? As bombas de água precisam de energia para funcionar. É uma pena que uma estatal do principal Estado do país dependa exclusivamente de uma única fonte de energia para seu funcionamento. Será que já ouviram falar em geradores? Não quero entrar no mérito técnico da coisa, só falo de acordo com meu bom senso.

Para colher informações para esse texto, encontrei um vídeo do Datena batendo boca com o já mencionado presidente da Sabesp. Tinha que ter um Datena aqui em Minas Gerais [ah...e como tinha]. Vejam:



Será que, depois de todo esse circo armado, vai rolar mais propaganda da Sabesp/Serra pelo Brasil afora? Há de se procurar outra plataforma porque essa foi por água abaixo.

Precisamos parar de tachar partidos políticos, oposição e governo, direita e esquerda. Temos que tachar as pessoas, achacar individualmente aqueles políticos que atuam de forma ilícita e amoral [imoral é pouco]. Esses maus políticos é que promovem o descrédito de uma classe inteira. Nos fazem desacreditar até na esperança. Essas laranjas podres é que contaminam o cesto. Vamos jogando as laranjas podres fora, uma a uma. Só nos é preciso aprender a reconhecê-las.

4 comentários:

Anônimo disse...

É duro ler palpite de gente que não entende do assunto...Geradores? Você sabia que o custo de um gerador é proporcional a potência do equipamento que ele irá tocar? Que esse custo as vezes é tão alto que não vale a pena (economicamente) instalá-los? Que incidentes de blecaute como este é altamente improvável? Então, você quer a Sabesp tenha um gerador em cada estação elevatória!
Só uma coisa vc acertou: bombas não funcionam sem energia elétrica. A não ser que inventem o moto-perpétuo.

Thaís Gomes disse...

Sr. Anônimo, como disse no texto realmente não entendo do assunto. E eu não quero nada da Sabesp...nem posso...só a apontei como uma plataforma política furada. Mas solução para esses o outros problemas certamente existem.

Abraço

Anônimo disse...

Querida, você pode até achar que a Sabesp é uma "plataforma política furada", mas os trabalhadores que a levam nas costas não são políticos, são técnicos altamente preocupados em fazer o melhor. Se quer culpar alguem, culpe os políticos que a usam...mas, não somos todos nós usados por alguém? E desculpe meus comentários anônimos: como vc pode ter percebido sou funcionário e não posso, por motivos lógicos, me identificar.
Fique em paz...

Thaís Gomes disse...

Sr Anônimo, a questão é exatamente essa...eu falo específicamente de um político que resolveu usar a Sabesp em benefício próprio ao invés de usar esses 178 mi para investir na estruturação da empresa.

Eu não sou usada por ninguém. Só somos usados quando permitimos.

Abraço