Habitantes!

20 de março de 2009

Terra do Absurdo

Enquanto eu ainda buscava um tema para o meu artigo da pós-graduação, pensei em escrever sobre atendimento ao cliente. Aliás, queria escrever sobre o péssimo atendimento ao cliente. Um dos professores me desaconselhou e disse, entre outras palavras, que esse era um tema já muito abordado, onde há muita teoria, mas que, na prática, nada funciona. Constato, quase diariamente, que ele estava coberto de razão.

Há duas semanas, fiquei plantada por uma hora e meia em uma fila para entrar na Swingers, uma das casas noturnas daqui de Belo Horizonte. E acabei não entrando. Comunicado (feito aos berros pelo segurança na calçada): encerrado! A partir dali só entrava mulher e casal na medida em que outros respectivos saíssem. Eu, acompanhada de três amigos homens, não tive opção. Aliás, tive sim. Fui dançar em outro lugar. Conhecem o Manni? Excelente pedida!

Conheço a Swingers de muitos anos, antes dela reabrir. Já comemorei um aniversário lá e, até então, a casa me remetia a boas lembranças. E atenção: basta uma má experiência! Eu sempre ganhava convites para ir lá, mas nessa fatídica noite, fomos de improviso, levando um amigo que veio do Rio a passeio e quebramos a cara.

Primeiro absurdo: a prepotência dos seguranças. Segurança pode olhar no olho, pode ser gentil, pode responder a perguntas. Aliás deve, pois é ele quem está ali no tet-a-tet com o cliente, ele é o primeiro contato que temos com a empresa. Santo Deus! Mas Maquiavel já alertava sobre a influência que o poder exerce nas pessoas. Atribuir poder a pessoas que não estão prontas para exercê-lo é um atentado! Erra o segurança e erra o administrador do empreendimento.

Segundo absurdo: falta de planejamento. Será tão difícil calcular, ou pelo menos estimar, quantas pessoas, das dezenas que estão plantadas na fila, a casa comportará?

Terceiro: seleção do sexo. Baseado em que critério é permitido a entrada de mais mulheres e casais do que de homens? Socorro, né? É para continuarmos solteiras?! E, sem preconceito algum, apenas para incitar a reflexão de vocês: durante minha estadia na fila vi entrar um travesti. E aí? Ele furou a fila de homens? E tinha muito marmanjo na fila, viu?

Quarto absurdo: separação das filas. Eram três: uma para homens, outra para mulheres e casais e outra para convidados ou sei lá o que. Só sei que essa última andava que era uma beleza! Ser preterido tão descaradamente incomoda, sabiam? A fila tem que ser única, até porque no fundo somos todos clientes. Ou pelo menos éramos.

Não vou me estender além desses quatro absurdos. Passo agora à questão mais fundamental. A palavra cliente, do latim, quer dizer protegido. Independente de ter mil, é preciso cuidar bem de cada um. Somos tratados pelas empresas, como se estivéssemos prestando um favor a eles. De um ponto de vista mais empreendedor, essa relação cliente/empresa pode ser vista, no mínimo, como uma relação de troca. Agora, abuso e sacanagem não podemos admitir.

Parece que vivemos na Terra do Absurdo, tão bem retratada pela
propaganda da Oi. Cliente é gente, gente!. Veja do que não gosta e aplique isso às outras pessoas. Não sabe lidar com gente? Então procure outra ocupação. Temos que reavaliar essas questões para que parem de nos tratar assim. Temos que prestigiar o bom e repudiar o ruim para dar a eles o respaldo de suas atitudes. O final de semana chegou e vá onde você é querido, onde fazem questão da sua presença!

4 comentários:

Samarone Barcellos disse...

"Gente, isso dá para fazer!"

Como é gratificante começar um blog de uma publicitária usando uma frase tão tocante. :)

Dona Thaís, penso que todos nós, somos carentes de afeto. Ás vezes, pequenos atos mudam um relacionamento entre cliente/empresa para sempre. Mas, já reparou que todos nós somos relapsos uns com os outros?

Por isso eu muitas vezes acho que, todas as empresas sabem de fato que cuidar do cliente é fundamental, mas por algum motivo, não os fazem completamente. Devem pensar:

Vamos deixar sofrer, para apegar! :)

Gostei do seu blog, depois volto mais. Bjos e bom fim de semana.

Anônimo disse...

Perfeito!!!! Vc disse tudo!!!! A nossa indignação daquele dia foi muito bem resumida nessas suas palavras.
As vezes penso que nós clientes, não sei porque, esquecemos do poder que temos. Há tantos bons estabelecimentos e só porque é "modinha" ou pq "todo mundo vai" a gente acaba se rendedo. Ora, pra isso serve a concorrência, se fomos de alguma forma destratados por alguma empresa, cabe a nós procurarmos outra e sair falando mal pro máximo de pessoas possíveis. Quando os empresário virem a receita caindo, o retorno minguando e a fama desaparecendo vão tomar medidas.

Bjs,

Thadeu

Anônimo disse...

QUE ABSURDO!!!!!!!!!!!
Ainda bem q nem gosto desse lugar
nunca fui!!!!!!!!!!
uhauuhuhauahauahuahuauhahuahuhuhahuahu

bjosss

Anônimo disse...

Se eles continuarem com essas atitudes, não irá demorar para a casa se fechar novamente. O que adianta reabrir sem fazer um planejamento ou pelo menos tentar mudar atitudes que não vinham dando certo. Esses são os "falsos" administradores, que acham que o importante é o lucro e não percebem o bem maior que somos nós clientes.

Bjos e sucesso amiga!!!